segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mano ressalta mudança de ares: o melhor ficou para o final


As diferenças saltam aos olhos e, como o Terra mostrou em reportagem deste domingo passado, são muito claras. Depois de encarar diversos percalços em sua passagem pelo Gabão, como trânsito caótico, falta de condições para treinar bem, gramado em péssimo estado e até apagão, o time verde e amarelo vive em Doha como se estivesse em outro mundo.

A começar pelo principal que é o gramado onde atuará diante dos egípcios nesta segunda-feira, a partir das 15h (horário de Brasília). O Estádio Al Rayyan, com capacidade para cerca de 25 mil pessoas, é bem mais modesto do que o visto em Libreville, na última quinta-feira. Porém, conta com uma estrutura muito mais pronta do que o campo gabonês, feito às pressas para receber a Seleção.

Prova disso é que a equipe verde e amarela, assim com o selecionado egípcio, pôde fazer o reconhecimento do gramado neste domingo, coisa que Mano Menezes não conseguiu fazer no Gabão. Questionado sobre a mudança de ares após o treino, o treinador da Seleção foi sucinto nas palavras, mas se mostrou feliz com a prazerosa troca de ambiente.

"Nem precisei conversar com os jogadores, pois as diferenças (entre os dois países) são bem grandes. Bom que o melhor ficou para o final", disse Mano Menezes, abrindo um sorriso no rosto.

Os jogadores também não tiveram muito trabalho para reparar as diferenças de local que atuarão diante do Egito. O lateral Alex Sandro, porém, fez questão de destacar que o povo gabonês se mostrou mais caloroso do que o que a equipe verde e amarela encontra na capital do Catar.

"Totalmente diferente. Estávamos em um dos países mais pobres e agora em um dos mais ricos. O povo do Gabão é um pessoal muito humilde, mas deu para ver que levamos uma certa alegria para lá. Isso deixa a gente contente. É triste ver a situação deles, mas deu para mostramos nossa alegria, nosso futebol. Acho que todos os jogadores falaram que as condições deles não eram tão boas, mas estavam fazendo de tudo para deixar a gente bem. Acho que o importante foi isso", disse.

"Aqui, a maioria das pessoas já conhece. É um país bem rico, além da Copa do Mundo ser aqui também mais para frente (em 2022). Achei o pessoal do Gabão mais alegre. Não sei se por causa da língua ou da roupa, eles são meio estranhos. Mas é muito diferente o Gabão do Catar".

Segundo Alex Sandro, o grupo de jogadores não poderá dar como desculpa para um possível tropeço o estado do gramado. "O gramado é muito diferente, nem tem comparação. Esse aqui não tem desculpa para jogar mal".

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