terça-feira, 22 de novembro de 2011

ProPublica cria arquivo próprio para jornalismo investigativo


Contratar repórteres originais e criar uma base de dados própria foram dois diferenciais implantados pelo site de jornalismo investigativo ProPublica, o primeiro portal de notícias da internet a vencer um Prêmio Pulitzer. Palestrante da abertura do MediaOn 2011, em São Paulo, o editor-executivo Stephen Engelberg exaltou a postura clássica de seus repórteres para levantar histórias.

"Nosso objetivo era contratar jornalistas que encontrassem lides e fontes originais. Encontrar coisas que nunca ouvimos falar. Também queríamos que os repórteres não mandassem e-mails para as fontes, mas que as encontrassem e falassem pessoalmente com elas", disse o editor, que conta com uma equipe de 18 repórteres.

Entrevistado por Fernando Rodrigues, repórter e colunista da Folha de S. Paulo, ele questinou: "e por que não colocamos essas 18 pessoas trabalhando de casa, de pijamas? Isso é muito comum agora nos Estados Unidos. Queríamos criar uma identidade na ProPublica e por isso reunimos todos em uma redação."

Outro destaque da conduta jornalística do ProPublica foi criar uma espécie de arquivo próprio. "Nos Estados Unidos é comum que jornalistas coletem dados de bancos de dados do governo, mas nós pretendíamos coletar dados para criar nosso próprio arquivo", disse.

Para ganhar a confiança dos leitores, o ProPublica se firmou como uma empresa "sem fins lucrativos". O site não vende sua informação e é financiado por fundações e doações. O objetivo, segundo Engelberg, é fazer um verdadeiro jornalismo público.

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