Convicto de que o candidato Fernando Haddad (PT) estará no segundo turno em São Paulo contra Celso Russomanno (PRB), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta segunda-feira, em Porto Alegre (RS), que a presidente Dilma Rousseff (PT) não deve participar de nenhum comício ou ato político no primeiro turno das eleições deste ano. Segundo ele, que foi ao Rio Grande do Sul assinar uma carta compromisso para a região metropolitana, Dilma só deve se envolver em campanhas no segundo turno, onde houver um candidato do PT contra um concorrente adversário ao governo.
"Não tenho nenhuma informação a esse respeito (participação da
presidente na campanha de Haddad). O que pode acontecer é ela estar
presente no segundo turno, em casos de polarização entre um candidato do
PT
e um adversário do governo", afirmou Falcão. "Não trabalho com a
hipótese de não ir para o segundo turno, onde provavelmente vamos
enfrentar o Russomanno", completou.
Segundo ele, a presidente está evitando desgaste político com legendas que integram a base aliada, especialmente o PMDB e o PSB:
"Quando há temas nacionais que interessam a todos, nós estamos juntos. A
maior prova disso é a nota de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinada tanto pelo PSB como pelo PMDB. A eleição
passa e as coisas se assentam. É natural que haja muita disputa local,
mas não tem uma correlação disso com as questões estaduais e o cenário
nacional."
Candidatura de Dilma em 2014
O presidente do PT disse ao Terra que Dilma Rousseff vem dando indícios de que será candidata à reeleição em 2014, mas salientou que é necessário jogo de cintura para acomodar os interesses principalmente do PMDB e do PSB.
"Ela tem dado sinais de que pretende continuar comandando o País,
através do que vem fazendo. Em 2013, será o ano da subida. É complicado
falar que o PSB seria convidado para a chapa, pois existe o PMDB, que
está hoje na vice-Presidência (Michel Temer) e ocupará a presidência da
Câmara dos Deputados", ponderou.
Baixaria no mensalão
Rui Falcão disse ainda que só vai se manifestar sobre o mensalão após o
término do julgamento, que pode condenar figuras históricas do PT, como
José Genoíno e José Dirceu. Ele criticou, porém, o que classifica como
"baixaria" feita pelo tucano José Serra, adversário de Haddad na corrida
à prefeitura de São Paulo.
"Há mais preocupação do eleitor com propostas de políticas públicas
para as suas cidades do que com o mensalão, mas em muitos lugares vejo
baixaria, como em São Paulo, por exemplo, do José Serra e do PSDB contra
nós. Só que a baixaria sempre produz resultados contrários", afirmou o
petista, que participou ainda de uma caminhada com o candidato à
prefeitura de Porto Alegre Adão Villaverde (PT) e se encontrou com
apoiadores da sigla no diretório petista na capital gaúcha.
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