O Comando Nacional de Greve dos
bancários considerou positiva a contraproposta oferecida nesta
terça-feira pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban). Segundo a
presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região,
Juvandia Moreira, o comando de greve vai recomendar a aprovação do
acordo nas assembleias regionais que ocorrerão nesta quarta-feira em
todo o País. "Teve avanços nos pontos que a gente tinha apontado que era
importante avançar", disse.
A proposta da Fenaban
concede reajuste de 7,5% (2% de aumento real), elevação do piso da
categoria e do vale-refeição e vale-alimentação em 8,5% (2,95% de
reajuste sobre a inflação). Os bancários reivindicavam reajuste de
10,25%, o que significa 5% de aumento descontada a inflação do período.
Antes da greve, iniciada no dia 18 de setembro, os bancos tinham
proposto elevar os salários da categoria em 6%, o que garantiria um
ganho real de 0,58%.
Em pouco mais de uma semana de
greve o movimento conseguiu paralisar 9,3 mil agências em todo o País,
segundo os sindicatos. Somente na região que engloba São Paulo, Osasco e
mais 15 municípios, 35 mil bancários pararam suas atividades, pouco
mais que 25% do total.Caso a proposta dos
banqueiros seja aprovada nas 137 assembleias que devem ocorrer nesta
quarta-feira, o funcionamento dos bancos pode ser normalizado na
quinta-feira.
Entenda
Os bancários
aprovaram greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em
todo o País no dia 12 de setembro. A categoria rejeitou a proposta dos
bancos, de reajuste de 6%, que foi considerado insuficiente. Os
bancários reclamam da falta de diálogo e negociação com as instituições
financeiras.
A categoria quer reajuste salarial
de 10,25%, com 5% de aumento real, e o pagamento da Participação nos
Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4,961,25 fixos. A
categoria também exige a criação de planos de cargos, carreiras e
salários para todos os bancários, entre outras reivindicações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário