A Polícia Civil divulgou na tarde desta sexta-feira (28) os nomes das quatro pessoas presas na operação “Faro Fino”.
O grupo era liderado por Neverton Oliveira Alves, empresário do ramo
alimentício, que foi localizado na residência da namorada, no Candeal,
no início da manhã.
O esquema consistia na criação de empresas
em nome de “laranjas”, com objetivo de driblar o fisco. Nos últimos
quatro anos, Neverton abriu 20 empresas, acumulando uma dívida fiscal
estimada em R$ 20 milhões, segundo a polícia.
Atualmente, ele
mantinha em funcionamento a empresa Macan Comércio Atacadista de
Alimentos, que possui três galpões para armazenamento de cereais,
enlatados e outros gêneros alimentícios em Porto Seco Pirajá. Os
produtos abasteciam pequenos comerciantes em diversos bairros de
Salvador.
A operação também prendeu Samuel Moreira Pimentel,
responsável pelo aliciamento dos “laranjas” em troca de vantagens
financeiras, Gésica Conceição de Matos Azevedo, Cátia Maria Ribeiro dos
Santos e Jacira Ferreira de Siqueira - contadora da quadrilha.
Foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e oito de busca e
apreensão expedidos pela 1ª Vara Crime, em residências e
estabelecimentos comerciais nos bairros de Brotas, Alphavile,
Cajazeiras, Vila Laura, Bonfim e Pituba.
Documentos fiscais,
computadores, impressoras, celulares, um Space Fox, de placa NYU-5074,
um Camaro de placa NZE-3333 e uma Picape Toyota, de placa NZX-8080,
foram apreendidos durante a operação. Neverton é apontado como dono de
um apartamento em Alphavile e dos três veículos.
Três mandados de
prisão, ainda em aberto, deverão ser cumpridos nas próximas horas.
Neverton e Samuel ficarão custodiados na Polinter, no Complexo Policial
dos Barris, e as três mulheres na carceragem da Dercca, em Brotas. Os
cincos serão indiciados por sonegação fiscal, falsidade ideológica,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A operação é
resultado de uma força-tarefa formada pela Secretaria Estadual da
Fazenda (Sefaz), Secretaria da Segurança Pública (SSP), através da
Delegacia de Crimes Econômicos e Contra o Patrimônio (Dececap), e pelo
Ministério Público Estadual.
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