Dirigente do Flu nega ser líder por favorecimento da arbitragem

O diretor de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, rebateu as críticas do técnico do Atlético-MG, Cuca, que reclamou do pênalti não marcado para o Náutico, no último sábado, quando a equipe pernambucana foi derrotada pelo time das Laranjeiras, por 2 a 1. O dirigente disse que analisa a arbitragem apenas dos jogos de seu clube.

"Concordo com ele que os erros podem sim decidir um campeonato, mas eu não analiso o jogos dos outros, mas sim os nossos próprios jogos apenas. Não é válido dizer que foram erros de arbitragem que nos colocaram na liderança, é uma deselegância. Acho que deve ser levado em conta o nosso elenco, o nosso compromisso e a imensa torcida que temos por trás de nós", disse Caetano à Rádio Brasil.

Para argumentar, o dirigente lembrou a partida entre Fluminense e Atlético-MG, no primeiro turno, quando o time das Laranjeiras acabou prejudicado pela arbitragem, que anulou um gol legal de Fred e, consequentemente, tirou a vitória da equipe carioca.

"Houve aquela partida em que o Fred fez o gol legal, contra o então líder do campeonato, o Atlético-MG. Poderíamos estar a sete pontos deles hoje. Assim como teve uma partida contra o Cruzeiro em que o Wellington Paulista ajeitou com a mão no gol deles. Não há hipocrisia aqui. Reclamamos quando existe prejuízio para nós na nossa partida", disse o dirigente que se recusa a analisar toda a rodada.

"Não estou aqui para analisar jogo por jogo de todas as rodadas para encontrar erros de arbitragem. Existe gente capacitada para isso", frisou. Sobre o lance contra o Náutico, Rodrigo Caetano admitiu que pode ter havido o pênalti sim, mas que o erro não necessariamente daria o empate ao Náutico.

"Ele não anulou um gol legal do Náutico, ele errou na interpretação. Na boa fase do Diego Cavalieri, quem garante que ele não defenderia a cobrança? Conversei com o Gum depois da partida e ele me disse que o jogador do Náutico se jogou em cima dele. Não sei, fiquei na dúvida", explicou.

Caetano, ainda avaliou a arbitragem, de um modo geral e a nota dada pelo dirigente não foi das melhores. Dentre as principais críticas estão os árbitros auxiliares da linha de fundo.

"Em um geral, eu vou até avaliar de forma positiva. Dou uma nota 6 ou 7 para a arbitragem do Brasil hoje. Sinceramente, acho que os árbitros de linha de fundo deveriam ter mais autoridade ou poder de palavra do que simplesmente apontar se foi gol ou não. Acho que eles poderiam opinar em outros lances, já que muitas jogadas capitais ocorrem por ali", destacou.