Três policiais militares foram presos por forjarem um auto de 
resistência quando invadiram, em 30 de novembro do ano passado, a casa 
de um casal de jovens. Lotados na 49ª Companhia Independente da Polícia 
Militar (CIPM/São Cristovão), o tenente Marcos Rogério Noia da Silva e 
os soldados Jurandir de Oliveira Santos e Prisciliano Nery de Souza 
estão no Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, 
desde sexta-feira (25). 
Após serem surpreendidos pelos policias,
 Railson de Jesus Santos, de 20 anos, e da companheira Luciane Oliveira 
Reis, 17, foram baleados no loteamento Vila Verde,  em São Cristóvão. A 
garota não resistiu e morreu. Os dois foram atingidos no tórax.
Os PMs também estão sendo investigados pela morte a tiros do vendedor Paulo Gabriel Santos Martins,
 39. O crime ocorreu em 6 de janeiro deste ano, em um quarto do Motel 
Korpus, no Jardim das Margaridas, segundo a assessoria da Polícia Civil.
 
Na ocasião, os policiais foram ao motel para atender ocorrência
 na qual um homem armado agredia uma adolescente de 17 anos que o 
acompanhava. Eles informaram em depoimento no Departamento de Homicídios
 e Proteção à Pessoa (DHPP) que foram recebidos a tiro por Gabriel e 
revidaram. 
Os PMs disseram ainda que Paulo portava um revólver 
38 e havia consumido cocaína. Mas, segundo exames periciais, o vendedor 
foi morto em decorrência de traumatismo craniano.
Ponto de drogas
Railson, que tem passagens pela polícia por 
tráfico e porte ilegal de armas, foi socorrido pelos próprios policiais 
ao Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas. Para o titular da 
1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), delegado Juvêncio Menezes, o 
jovem relatou que, antes de socorrê-lo, os policiais colocaram 
revólveres nas mãos dele e de sua companheira e efetuaram disparos. 
Um
 dia depois, o tenente e os dois soldados se apresentaram ao DHPP e 
afirmaram ter ido ao loteamento Vila Verde para verificar uma denúncia 
de tráfico. O imóvel onde estavam Railson e Luciane era apontado como 
ponto de venda de drogas. 
A equipe teria sido recebida a tiros 
pelo casal que, de acordo com os PMs, portava um rifle Winchester 
calibre 44 e um revólver calibre 38, municiados. 

 
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