Para recuperar a popularidade perdida e embicar a campanha do segundo
mandato, a presidente Dilma Rousseff irá insistir na proximidade com
Luiz Inácio Lula
da Silva, seu padrinho político, e começará a aparecer em programas de
TV, falando para diferentes públicos, como fez no início do governo.
Dilma fará aparições para atrair apoio das camadas populares a
entrevistas com foco econômico, dirigidas a eleitores de maior poder
aquisitivo. A intenção da presidente é também explicar projetos que
causam polêmica, como o Mais Médicos, e "vender" as concessões em
rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, dependendo do interlocutor. Em
comum, nas entrevistas, a nova tentativa de relacionar sua imagem à de
Lula. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo.
Dilma já foi convidada para participar do "Programa do Ratinho", do SBT,
vice-líder de audiência no horário nobre, onde já estiveram seus
prováveis adversários Aécio Neves (PSDB)
e Marina Silva (sem partido). No radar do Planalto também estão
programas voltados para a dona de casa, como "Mais Você", de Ana Maria
Braga (TV Globo). Além de reconquistar o público feminino, a presidente
também pretende aparecer no popular "Brasil Urgente", de José Luiz
Datena (Band), e no "Esquenta" (TV Globo), de Regina Casé. Para o líder
do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), a operação deflagrada
pelo Planalto denota "desprezo pela inteligência" do eleitor. "Lula
elegeu um poste uma vez, mas, como o poste não aprendeu a governar, essa
nova estratégia de marketing não vai funcionar", alfinetou Aloysio. "O
que vai ser julgado é o governo dela, e não o dele." Na avaliação do
presidente do PMDB,
senador Valdir Raupp (RO), a receita para Dilma sair da crise é colocar
o pé na estrada. "Ele (Lula) era um caixeiro viajante, mas ela não se
movimenta tanto. Nessa hora, a presidente precisa viajar, inaugurar
obras, construir uma agenda positiva."
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