A Scotland Yard informou ao Guardian que a detenção
aconteceu com base num artigo da lei antiterrorismo do Reino Unido, uma
controversa legislação aplicada em aeroportos e portos que permite
prender suspeitos sem mandado judicial e sem permitir que se chame um
advogado. O jovem de 28 anos ficou detido por nove horas, o máximo
permitido pela lei. Mesmo depois de liberado, Miranda teve todos os seus
equipamentos eletrônicos confiscados – telefone celular, laptop,
câmera, pen drives, DVD’s e um videogame.
Desde o dia 5 de junho, o jornalista Glenn Greenwald vem
publicando uma série de reportagens no jornal britânico para revelar as
ações de espionagem da National Security Agency (NSA), a partir de
documentos vazados pelo ex-funcionário da CIA Edward Snowden, que está
exilado na Rússia.
Na viagem à Europa, Miranda esteve em Berlim visitando
Laura Poitras, uma documentarista que trabalha juntamente com Greenwald e
o Guardian nos arquivos repassados por Snowden.
"Esse é um ataque profundo à liberdade de imprensa",
disse o jornalista sobre o episódio. "Deter meu companheiro por nove
horas inteiras e negar-lhe um advogado, e depois tomar grandes
quantidades de suas posses, é claramente uma tentativa de mandar um
recado de intimidação", afirmou.
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