sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Para ministra, polícia do RJ é suspeita no caso do pedreiro Amarildo

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, apontou a Polícia Militar do Rio de Janeiro como principal suspeita no caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo Souza, morador da favela Rocinha que sumiu em 14 de julho, após ter sido levado para uma averiguação por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade. Na avaliação da ministra, as autoridades policiais têm responsabilidade sobre o desaparecimento.

"A primeira suspeição que todos nós devemos ter é de responsabilidade pública também nesse desaparecimento”, afirmou a ministra.


“O inquérito sobre o desaparecimento deve ser feito com a hipótese clara, concreta de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos, do abuso de autoridade, da violência policial”, disse em outro momento.


A ministra, no entanto, não condenou as instalações das UPPs nas comunidades para o enfrentamento ao tráfico de drogas. "Não podemos jogar fora as experiências que nós temos tido de pacificação, mas agora devemos ler essa situação como aquela condição em que as comunidades precisam estar livres das ações do tráfico e do crime e poderem confiar plenamente na sua política”, avaliou a ministra.


“Mesmo em comunidades pacificadas nós devemos procurar construir uma cultura de polícia, que esteja próxima da comunidade”, ponderou Maria do Rosário, dizendo que a polícia “deve ser o mocinho”. “Ela (polícia) não pode abordar o trabalhador e ele desparecer”, concluiu.

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