O sedentarismo está por trás de 13,2% das mortes no
Brasil, segundo uma pesquisa publicada pela revista médica Lancet. No
País, a inatividade é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas,
10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e
14,6% dos casos de câncer de cólon. O número é um dos maiores da América
Latina, onde 11,4% das mortes são causadas pelo sedentarismo.
Segundo o cardiologista e médico do esporte Daniel
Kopiler, a situação é consequência da evolução tecnológica da sociedade.
Atualmente, os jovens são os mais afetados pelo sedentarismo, pois
estão mais envolvidos com a tecnologia.
"Hoje temos uma série de materiais que vão facilitar
nosso trabalho braçal, mas que de alguma maneira vão diminuir a
quantidade de trabalho comparado com o que fazíamos. Esta mudança
tecnológica faz com que as pessoas comecem a andar menos e a fazer menos
atividades físicas", explicou Kopiler à Agência Efe.
Segundo a última pesquisa feita pelo IBGE em 2010 e
divulgada em 2012, 80% dos brasileiros são sedentários, e uma das
consequências mais temidas é a obesidade.
Conforme índices apurados pelo Ministério da Saúde, 64%
da população está com excesso de peso, e exercícios podem ser a solução
para reduzir tais números assustadores.
A solução indicada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) é a prática de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos por
dia, já que a inatividade é o quarto principal fator de risco de
mortalidade em todo o mundo, perdendo apenas para diabetes, tabagismo e
hipertensão.
A rotina, no entanto, parece não permitir nem mesmo
estes trinta minutos. "A pessoa acorda seis horas da manhã, chega às
oito no trabalho e, quando volta pra casa, ainda precisa cuidar dos
filhos, estudar", lembra Kopiler. Como solução, o médico indica pequenas
mudanças nos hábitos diários para reduzir os efeitos do sedentarismo.
Um primeiro passo é a mudança na alimentação, com a
diminuição de refeições gordurosas e o aumento de ingestão de proteínas e
fibras. Os exercícios mais indicados para se livrar da inatividade são
caminhadas, ciclismo, natação e hidroginástica por não causarem
problemas às articulações, mas que devem ser acompanhadas de
alongamento.
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