sexta-feira, 16 de abril de 2010

Auditores do PSDB têm acesso a dados na sede do Sensus


A auditoria que técnicos do PSDB iniciaram na tarde desta sexta-feira na sede do Instituto Sensus, em Belo Horizonte, deverá continuar durante todo o sábado, informou a assessoria do partido. Os especialistas em pesquisas da sigla estão coletando os dados referentes ao último levantamento de intenções de voto, divulgado no dia 13 de abril.

Os especialistas buscam identificar os critérios adotados na tabulação da pesquisa, que apontou empate técnico entre os pré-candidatos do PSDB, José Serra, e do PT, Dilma Rousseff. No levantamento, Serra aparece, com 32,7% das intenções de voto. Dilma Rousseff aparece em segundo, com 32,4%. O deputado Ciro Gomes (PSB) aparece com 10,1% e a senadora Marina Silva (PV), com 8,1 %. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

O Instituto Sensus só permitiu o acesso dos técnicos do partido no final da tarde, apesar de o cientista social Fabrizio Martins Tavoni e um digitador terem chegado à sede antes das 9 h. Ele levava em mãos a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que autorizava a fiscalização, expedida ontem.

No pedido de fiscalização apresentado à Justiça Eleitoral, os advogados do PSDB questionaram a troca do nome do contratante da pesquisa e a divulgação anterior ao prazo previsto em lei. Pela divulgação feita no dia 13, o estudo foi feito por encomenda do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (SINTRAPAV), mas o registro inicial fazia referência ao Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias (Sindecrep).

O Sensus inscreveu o levantamento no dia 5 de abril, mas fez alterações no dia 9. Por esse motivo, o partido argumentou que a pesquisa deveria ser divulgada apenas nesta quarta-feira, 14.

Segundo a assessoria do PSDB, a demora em permitir o acesso à pesquisa foi justificada pelo instituto como necessária para proteger informações sigilosas, como os nomes dos entrevistados. O Sensus convidou representantes dos demais partidos com pré-candidato à Presidência da República para acompanhar os trabalhos. Mas apenas o PT enviou representantes.

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