Todos os anos, aproximadamente R$ 1 bilhão é desperdiçado com remédios no Brasil. Segundo um estudo do CFC (Conselho Federal de Farmácia), com dados de 2005 a 2007, 20% dos medicamentos comprados pelos governos federais, estaduais e municipais estragam antes de serem repassados à população.
As perdas ocorrem por erros na hora da compra, no armazenamento dos produtos ou na distribuição.
O Conselho também aponta para o consumidor como um dos responsáveis pelo desperdício.Uma família de classe média de quatro pessoas costuma jogar fora, todos os anos, cerca de R$ 60 em medicamentos vencidos.
Diante desses resultados, o CFC encaminhou, no fim de 2009, uma proposta ao Ministério da Saúde para reformular a assistência farmacêutica.Uma das iniciativas seria a implantação de farmácias públicas em municípios com mais de 15 mil habitantes e postos de atendimento emergencial para aqueles com população menor.
No ano passado, 10,9% do orçamento do Ministério foram para a compra de medicamentos e vacinas, o que equivale a R$ 6,4 bilhões.
A União repassa R$ 5,10 por habitante e, dependendo do tamanho do Estado ou município, esse valor chega a R$ 8,42.Somente remédios para doenças crônicas são comprados e estocados.
Cabe ao governo federal monitorar a execução da verba repassada a Estados e municípios.
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