sexta-feira, 9 de abril de 2010

Guilherme de Pádua causa polêmica em entrevista e irrita Glória Perez


Condenado a 19 anos e nove meses de prisão pelo assassinato de Daniella Perez, ocorrido em 1992, Guilherme de Pádua afirmou nessa quinta-feira (8), em entrevista ao apresentador Ratinho, que gostaria de pedir perdão à novelista Glória Perez, mãe da vítima. "O que eu mais desejo é a felicidade das pessoas a quem causei dor. Mas eu acho que ela (Glória) não quer me ouvir", afirmou Guilherme no Programa do Ratinho.

Durante a entrevista, ao vivo, Guilherme não quis contar o que aconteceu na noite do assassinato. Na quarta-feira (7), Glória Perez escreveu no Twitter que ia processar Guilherme se ele fizesse "qualquer referência mentirosa" a Daniella. Irritado por Guilherme não falar sobre o crime, Ratinho terminou o programa dizendo que o entrevistado era um ator e que, se estivesse no lugar de Glória Perez, não o perdoaria.

Na conversa com Ratinho, Guilherme disse que a justiça foi feita. "Estraguei a minha vida. Deus tem feito coisas maravilhosas por uma pessoa que não merece. Fui condenado no natural, mas não no sobrenatural. Deus transformou minha vida", garantiu ele, que agora é evangélico.

Segundo o ex-ator, sua versão e a de sua ex-mulher, Paula Thomaz, também condenada pelo assassinato de Daniella, nunca foram divulgadas. "Ninguém sabe a minha versão da história. Já cuspiram em mim no shopping. As pessoas adoram chutar cachorro morto, principalmente se for alguém pacato como eu. Precisam de Deus", disse ele, sem contar a sua versão.

Após a entrevista, Glória Perez postou vídeo de Guilherme no Twitter e escreveu: "Esse é o psicopata". Em seu blog, ela criticou Ratinho por entrevistá-lo. "A iniciativa do programa foi um insulto a mim e a todas as mães de filhos assassinados. Se deu algum ibope, Sr. Ratinho, que o lucro lhe seja leve!", escreveu.
 
Processo como resposta
Após saber da entrevista que Guilherme de Pádua daria no Programa do Ratinho, quarta-feira, Glória Perez usou seu perfil no Twitter para protestar. "Advogados acionados! O assassino não está mais sob proteção da lei que garante ao acusado o direito de mentir e denegrir a vítima para se safar. Portanto, qualquer referência mentirosa à minha filha terá como resposta medidas judiciais cabíveis! O recado foi dado! Que o assassino fale de si: qualquer versão fantasiosa envolvendo minha filha, processo neles! Criminal e cível", escreveu.

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