O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, afirmou em entrevista à BandNews FM na tarde desta segunda-feira que, se eleito, vai manter o Bolsa Família, uma das principais vitrines do PT para as eleições. "Eu sou muito prático e procuro ser eficiente, não fico perdendo tempo com picuinha com antecessores, de não querer fazer porque tem o carimbo deles. O Bolsa Família eu reforçarei", disse.
O ex-governador definiu as "oportunidades" como o mote que deve guiar seu mandato caso seja eleito presidente: "ampliar as oportunidades de vida. Oportunidades para o estudo, para o trabalho, isso é fundamental. É o que os brasileiros e brasileiras mais querem".
Presidente da união
Quanto à polarização entre PT e PSDB na campanha, Serra foi pacificador e criticou o clima de guerra entre governo e oposição. "Eu acho que a relação com a oposição não deve ser de inimigos, deve ser de adversários. Meu estilo é dialogar, dar tratamento decente à oposição, não ficar acusando de ser contra a pátria, contra o país e tudo o mais. Não é todo mundo que faz isso, há gente que trata oposição como o fim do mundo. Nesse sentido quero ser presidente da união", afirmou.
Aécio
Perguntado sobre como seria a participação do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, na campanha do PSDB, José Serra foi enfático: "muito intensa. É um governador que tem uma avaliação altíssima, um homem jovem, competente".
Ele negou, entretanto, que já tenha havido alguma conversa com Aécio sobre estratégias de campanha, e aproveitou para alfinetar o governo federal. "A única coisa que ele (Aécio) conversou mesmo comigo foram as coisas de Minas com o governo federal. Porque ele me disse que dos investimentos federais prometidos em Minas foi feito um oitavo do total", disse.
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