terça-feira, 28 de setembro de 2010
Meu Jogo Inesquecível: o Fla que enfeitiça Mariana Ximenes
Uma novela da vida real com direito a tragédia e euforia começou no dia 19 de julho de 1992. Era dia de decisão de Campeonato Brasileiro com Maracanã lotado. Antes do clássico Flamengo x Botafogo começar, uma parte do alambrado da arquibancada do lado rubro-negro despencou com muitos torcedores. Pânico total. Informações desencontradas falavam em vários mortos - na verdade, houve três. Em casa, no bairro de Ramos, subúrbio carioca, uma família assistia, aflita, a tudo aquilo. O menino Cacá estava no estádio. A prima paulista Mariana, de passagem no Rio, tinha olhar fixo na televisão. Parecia procurar o garoto.
O lugar acabou isolado, e a partida começou. Aos 41 minutos do primeiro tempo, Junior bateu uma falta no ângulo. Gol. Ao mesmo tempo que o velho Maestro corria e saltava feito criança na comemoração, começava grande flerte da garota com nova paixão. O jogo terminou empatado por 2 a 2. O Fla, que vencera a primeira partida por 3 a 0, sagrou-se pentacampeão. O espetáculo contagiou e impressionou a menina de 11 anos. Cacá chegou em casa são e salvo. Todos pularam e se abraçaram juntos. Foi uma dupla euforia.
Os anos se passaram. A são-paulina Mariana Ximenes, mesmo de longe, passou a se interessar pelo Flamengo. Seguiu carreira de atriz e mudou-se para o Rio de Janeiro em 2000. Não demorou muito para o coração ser assumidamente vermelho e preto. As partidas no Maracanã, principalmente aos domingos, já faziam parte de seu programa. Uma merece capítulo especial. Em novo confronto contra o Botafogo, na decisão do Carioca de 2008, os olhos ora verdes, ora azuis que tanto hipnotizam hoje o personagem "Totó" - e os milhões de brasileiros que acompanham diante da TV a vilã Clara na novela "Passione" - estavam "enfeitiçados" pela festa rubro-negra, na vitória por 3 a 1. Ali, os heróis da história foram Obina e Diego Tardelli, autores dos gols.
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