segunda-feira, 11 de julho de 2011
Alta no preço do etanol ameaça combate à inflação
A alta nos preços do etanol nos últimos dias será mais um obstáculo que o governo terá de enfrentar no combate à inflação. Economistas descartam o risco imediato de descontrole dos preços, mas advertem que o encarecimento do combustível exigirá cuidados adicionais da equipe econômica para que a inflação termine o ano abaixo do teto da meta, que é 6,5%.
Para o ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Langoni, ainda é cedo para saber se a alta do etanol persistirá ou se é um fenômeno momentâneao. “Apesar de ser misturado à gasolina, o etanol não tem o mesmo peso que os demais combustíveis na formação dos preços”, avaliou.
Langoni, no entanto, acredita que a trégua nos preços dos alimentos, da energia e dos combustíveis, que tem contribuído para a queda da inflação nos últimos meses, não durará tanto quanto as autoridades estimam. Segundo ele, o Banco Central deverá prolongar o ciclo de juros elevados. “Acho que a Selic [taxa que indica os juros básicos da economia] subirá ainda mais nos próximos meses, até chegar a 13% ao ano”.
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