segunda-feira, 11 de julho de 2011

Falta de pilotos faz empresas aéreas 'repatriarem' e contratarem militares


Faltam pilotos para aviões e helicópteros e a perspectiva para os próximos 20 anos não é nada boa, segundo a Organização Internacional de Aviação Civil (Icao). No Brasil, a demanda é tanta que companhias estão contratando pilotos recém-formados, ex-integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB) e até “repatriando” brasileiros que foram para o exterior trabalhar, promovendo-os para voltarem aos céus do país.

Com a aviação civil comercial aquecida, a Icao aponta que, até 2030, serão necessários mais 517.413 pilotos no mundo – uma necessidade anual de 52.506 novos comandantes. Só no transporte de passageiros, a previsão é de que nos próximos 20 anos sejam necessárias mais 39.500 aeronaves circulando no planeta. Para isso, as companhias aéreas precisarão contratar mais 460 mil pilotos e 650 mil comissários e técnicos, segundo estudo da fabricante de aviões Boeing.

Em 2010, o número de pilotos contratados pelas companhias brasileiras aumentou 23% e o de passageiros transportados subiu 22%. “Algumas empresas já falam que, em três anos, haverá colapso de falta de pilotos, não só para linha áerea, mas também para táxi aéreo e aviação executiva”, diz Marcus Silva Reis, presidente do Conselho Nacional de Escolas de Aviação e coordenador do curso de ciências aeronáuticas da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

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