
Perder aquela gordurinha localizada sem sofrimento e acabar de vez com celulite, estrias e flacidez é a promessa de tratamentos populares como carboxiterapia, mesoterapia e lipoaspiração a laser. Mas não há evidências científicas sólidas sobre eficácia e segurança desses procedimentos.
O alerta é do presidente da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética, Felmont Eaves. O conceito de medicina baseada em evidências, diz ele, ainda não chegou às cirurgias plástica e aos tratamentos estéticos. "O que escutamos nos encontros médicos é: "Tenho feito assim com meus pacientes e eles gostam." Mas isso não é ciência de qualidade", diz Eaves, ao defender a necessidade de estudos mais consistentes.
Para o cirurgião, a lipoaspiração a laser é um exemplo emblemático. O tratamento custa pelo menos R$ 15 mil - o dobro da lipoaspiração convencional - e promete recuperação mais rápida e menos dolorosa. Mas um levantamento feito a pedido do Estado pelos pesquisadores Álvaro Atallah e Edina Koga, do Centro Cochrane do Brasil, encontrou apenas dois estudos que comparavam as duas técnicas. E pior: só um deles apresentou resultados favoráveis à lipoaspiração a laser.
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