segunda-feira, 5 de março de 2012

Presidente da Câmara diz que Valcke merece "chute de volta"


Após o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ter provocado as autoridades brasileiras e dito que organizadores da Copa do Mundo de 2014 precisavam de um "chute no traseiro" para conseguir viabilizar a tempo a infraestrutura para realizar o Mundial, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse nesta segunda-feira que o dirigente da entidade máxima do futebol mereceria um "chute de volta" pelas declarações.

"É uma declaração deselegante que não condiz com o papel que qualquer dirigente de qualquer entidade séria tenha. Foi uma declaração que merece na verdade é que a gente dê um chute daqui para lá de volta e que se repudie qualquer declaração desse nível", disse o parlamentar, que havia recebido Valcke na residência oficial da presidência da Câmara quando o cartola francês esteve em Brasília.

"Nós compreendemos a expectativa e a ansiedade da Fifa em relação à preparação da Copa de 2014, mas o Brasil é um País democrático, é um País que tem a sua própria dinâmica, que tem um parlamento que debate todos os temas. Aqui não há nada imposto", completou Marco Maia, que disse não ver nas declarações do secretário-geral da Fifa o estopim para o rompimento das autoridades brasileiras com o órgão futebolístico.

"A entidade Fifa, a entidade CBF e o próprio governo, as instituições do Brasil são superiores aos homens. As pessoas dizem aquilo que querem e aquilo que bem entendem, mas as entidades são superiores. Um fato como esse não vai levar a nenhum tipo de rompimento que inviabilize a realização da Copa do Mundo no Brasil. Ao contrário: temos de tirar disso ensinamentos e repudiar esse tipo de atitude, mas ao mesmo tempo continuar trabalhando com todas as nossas forças para a realização desses eventos", opinou o presidente da Câmara.

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