
Ao deixar o cargo de ministra da Cultura nesta quinta-feira, Ana de Hollanda se disse surpresa com a decisão da presidente de demiti-la. No entanto, a ex-ministra não se declara triste ou magoada com Dilma Rousseff. "Nada pode ser permanente, eternamente igual", afirmou. Ana de Hollanda é a 13ª a deixar o governo em 21 meses de Dilma como presidente.
"Ninguém tinha me avisado que eu ia sair, mas eu sempre soube que o convite meu foi um convite muito pessoal da presidenta e eu tenho uma gratidão, uma fidelidade porque ela que está fazendo a coisa. Se eu sou uma fã dela pelo trabalho geral, eu tenho que entender se ela precisa, se ela acha que tem que dar a pasta para outra pessoa, é inteiramente natural", disse, sem declarar o motivo real pelo qual Dilma pediu seu cargo.
Ana de Hollanda chorou em seu discurso de despedida, mas nega que tenha sido por pesar. "Em nenhum momento foi de tristeza, foi de emoção", afirmou. Ela negou ainda que sua demissão tenha sido pela carta enviada ao ministério do Planejamento pedindo mais recursos para a Cultura. O gesto teria incomodado a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e a própria presidente da República.
"É normal, todo ministro tem que defender sua pasta, tem que mostrar os problemas. Conversei com ela no dia, depois. Tenho certeza que não tem a ver com a saída", garantiu.
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