segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PM instaura inquérito para investigar denúncia de execução de jovem por policiais


A Polícia Militar vai instaurar um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstancias em que morreu o adolescente Rodrigo Santos Conceição, 15 anos. Segundo a PM, a guarnição da 1ª CIPM estava em ronda na Avenida Luis Eduardo Magalhães, no sábado de manhã, por causa de frequentes roubos à motoristas que têm sido praticado por assaltantes que se aproveitam dos congestionamentos na via, como noticiou o CORREIO no início deste mês (edição de seis de setembro).

A viatura, segundo contaram policiais da 1ª CIPM, teria sido alvejada durante a ronda, iniciando uma perseguição a cinco homens que estariam armados. Em nota, a PM afirma que com o adolescente morto, o único localizado na incursão, foi encontrado uma pistola calibre 380. Familiares negam que o jovem estivesse armado. O Caso foi registrado pelos PMs na 11ª Delegacia Circunscricional da Polícia (11ª CP / Tancredo Neves).

PM acusada de executar garoto
Rodrigo estava se produzindo para se divertir com os amigos em uma festa de pagode. Na manhã do sábado comprou tinta para fazer mechas no cabelo. “Ele vivia lá em casa, namorava com minha filha há cinco meses. Ontem, antes de ir à barbearia pintar o cabelo, pediu que fizéssemos dois miojos e uma Josefina que ele iria comer quando voltasse”, conta a sogra, a diarista Simone Santos, 40.

Rodrigo foi morto, na manhã de sábado, alvejado por policiais da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar (1ª CIPM / Pernambués), na esquina da casa de Simone, onde estava.

A circunstância da morte apresentada pela Polícia Militar diverge da versão dos familiares e testemunhas. “A polícia só chega lá atirando, batendo e xingando todo mundo. No sábado, quando Rodrigo se bateu com eles entrando no beco, com medo, ele e outras pessoas correram”, conta Simone.

Um menor de 17 anos, conhecido de Rodrigo, também estava na Rua 28, onde a abordagem aconteceu. “Ele começou a correr, mas depois parou. De costa, ele parou e levantou a camisa para mostrar que não estava armado, mas já recebeu um tiro nas costas e se picou para dentro da casa de uma moça”, diz o menor que prefere não se identificar. “Poderia ser eu, para eles (policiais) só interessa matar”, diz.

Em nota, o Departamento De Comunicação Social da PM afirma que a guarnição foi recebida no local por cinco homens armados. “(Os homens) efetuaram disparos de arma de fogo contra os militares, o que obrigou os policiais a reagirem à altura”, diz.

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