A TWB Bahia divulgou uma nota na tarde desta quinta-feira (20) sobre a intervenção do Estado no sistema ferry boat. Os diretores da concessionária foram afastados e o advogado Bruno Amorim da Cruz, diretor da Agência Estadual de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), está controlando as operações da empresa.
Na nota, intitulada “Intervenção na TWB: Medida Desnecessária”, a concessionária diz que o governo do Estado não cumpriu obrigações do contrato firmado em 2006, entre elas não concedeu “os reajustes legais de tarifas”. A falta de aumento teria feito a empresa “operar com prejuízo”. A concessionária também relata que “o governo do Estado não fez todos os investimentos com que se comprometeu contratualmente”.
A intervenção foi iniciada nesta quinta-feira (20). Em nota, o governo informou que, com o fim do contrato com a TWB, um contrato emergencial de seis meses deve ser assinado, seguido de uma nova licitação. A tarifa deve ser reajustada em 5,11%, e novos investimentos necessários para a manutenção do serviço com uma nova empresa estão previstos.
A TWB afirma também que há dois meses ingressou com uma “ação judicial
por meio da qual pleiteia a rescisão do contrato, bem como a devolução
dos serviços ao Estado”. Mas, mesmo com a ação, o governo “continua em
posição de conflito” tendo decretado a intervenção na empresa.
“Nada
disso é necessário. Bastaria que o governo do Estado manifestasse
interesse que os serviços lhe seriam imediatamente devolvidos. Não é
necessário o caminho do conflito, podendo o Estado obter os serviços de
volta de forma amigável. Não é necessário contratar sem licitação e por
emergência alguma empresa, podendo se fazer uma transição pacífica”, diz
a nota.
A intervenção, que pode durar até 180 dias,
não interrompe o funcionamento do sistema. Os funcionários da
concessionária, de acordo com o vice-governador e secretário de
Infraestrutura, Otto Alencar, não serão prejudicados.
MP recomendou intervenção
No
dia 11 de setembro, o Ministério Público estadual (MP) recomendou a
intervenção do governo na TWB. Em ofício à Secretaria de
Infraestrutura, a promotora Rita Tourinho apresentou 12 motivos para a
intervenção, entre eles a interrupção do serviço sem comunicação
prévia ao governo.

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