A série de demissões realizadas pela Record Bahia no mês de dezembro
de 2012 confirmaram série de práticas abusivas implementadas pela
empresa após Carlos Alves assumir a função de diretor local. Foram 23
trabalhadores desligados, e a maioria enfrentava ambiente de trabalho
que podem ser considerados degradantes.
Durante o ato de homologação das demissões na sede do Sindicato dos
Trabalhadores em Rádio, Tv, e Publicidade da Bahia (Sinterp/BA), a
coordenação tomou conhecimento de mecanismos de desprestigio e
constrangimento aos funcionários, entre as quais: inabilidade do setor
de Recursos Humanos; e preços abusivos do plano de saúde "Life
Empresarial"que pertence ao próprio grupo da Igreja Universal do Reino
de Deus (IURD).
“Os casos mais graves serão avaliados com cautela e sob a
responsabilidade dos órgãos competentes. Mas não vamos medir esforços
para acolher as pessoas que se encontram nesse momento difícil,
desempregados. Já solicitamos um agendamento com a direção da emissora
mais que até o momento não nos deram respostas", explicou Everaldo
Monteiro, coordenador geral do Sinterp/BA.
O fato que ilustra melhor o desrespeito interno aconteceu com um
garçom da empresa. Ao ser humilhado por um gerente, o funcionário teve
uma crise nervosa, e causou comoção interna ao ponto do superior ser
transferido para outra praça da rede. Por isso, os problemas não se
resumem aos que foram desligados. Aqueles que continuam na empresa estão
sob pressão. "Agora a pergunta que resta: quem será o próximo a ir ao
paredão de fuzilamento?", indagou Everaldo.
Até o momento o Sinterp/BA também não coletou elementos que embasem a
justificativa da empresa de estar sofrendo prejuízo financeiro. A
informação repassada ao sindicato é que os cargos têm sido substituídos
ou relocados para outros setores. Também há o fato do maior anunciante
local, o governo do estado, está com atraso nos pagamentos, porém, o
dinheiro está garantido no fluxo do caixa.
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