Segundo informou o delegado Marcelino da delegacia seccional de
Guaratinguetá, no interior de São Paulo, um laudo provisório do exame
residográfico indicou vestígios de pólvora na mão direita de Walmor
Chagas, o que em tese comprova a hipótese de suicídio do ator global, já
que ainda é necessário esperar o laudo oficial. O mesmo exame foi
realizado nas maõs do caseiro e o resultado negativou qualquer suposição
em relação ao envolvimento dele na morte do artista.
Walmor foi encontrado morto, nesta sexta-feira (18), em sua chácara, em
Guaratinguetá, cidade localizada no Vale do Paraíba, interior de São
Paulo (SP). A Sala de Comunicações da Polícia Civil da cidade chegou a
divulgar que o óbito foi devido a um tiro no peito, mas no final da
noite, corrigiu dizendo que foi na cabeça. A polícia investiga o caso e
inicialmente trabalha com a hipótese de suicídio do ator, que estava com
82 anos.
Investigação
Embora não descarte outras possibilidades, a principal hipótese da
investigação é de que ele tenha se suicidado, devido às circunstâncias
em que seu corpo foi encontrado, apesar de o artista não ter dado sinais
de que tiraria sua própria vida, segundo relatou aos investigadores
José Arteiro de Almeida, funcionário que trabalhava há 30 anos com
Chagas e o encontrou morto.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, disponibilizado
pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), o corpo de Chagas foi
encontrado pelo funcionário por volta das 17h, que chamou a Polícia
Militar. O ator estava na copa da casa, com uma marca de tiro no lado da
cabeça e, sobre sua perna, a polícia encontrou uma arma calibre 38, que
foi recolhida para perícia ainda ontem. Também foram apreendidos o
aparelho celular da vítima e munições da arma, que passarão por perícia.
À Polícia Civil, Arteiro disse que Chagas vinha reclamando de problemas
de saúde, como diabetes e problemas na visão, mas que não aparentava
estar depressivo, nem deu sinais de que poderia se matar. O funcionário
afirmou ainda que, pouco antes do ocorrido, ele e o ator haviam
conversado normalmente. O funcionário, então, relatou que saiu da casa
por volta das 16h e, quando voltou, já o encontrou sem vida. A polícia
não confirmou, porém, se Chagas teria deixado algum bilhete ou carta.
Segundo a análise do corpo, o tiro entrou pelo lado direito da cabeça,
atravessou o crânio e saiu pelo lado esquerdo.
Além de Arteiro, outros dois funcionários viviam na casa com o ator -
um auxiliar de idosos e uma cozinheira -, mas eles não estavam no local
no momento em que o fato ocorreu. Por ter sido a pessoa a acionar a PM,
Arteiro foi submetido a um exame residuográfico (o procedimento é padrão
em casos de investigação de morte). A Polícia Civil deve colher novos
depoimentos na próxima semana.

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