sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Uso de simulador em autoescola pode aumentar valor da primeira habilitação

Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito, publicada em 31 de dezembro de 2012, obriga que os centros de formação de condutores usem simuladores de direção no treinamento dos futuros condutores.

A nova regra começou a valer no dia 1º deste mês e deve elevar em até 20% o valor gasto na emissão do documento. Antes da mudança, o interessado em obter a permissão para dirigir tinha de desembolsar, em média, R$ 1,2 mil, segundo a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto). Com a alteração, esse valor subirá até R$ 250.

Os donos de autoescolas de Feira de Santana não se mostram favoráveis ao equipamento, que tem um custo de R$ 40 mil e taxa de manutenção de R$ 1.700 por mês. O empresário Etevaldo Lima da Silva, da autoescola Mundial, é contra o uso do simulador de direção. Ele acha que alguns estados não vão aderir ao equipamento, como ocorreu com a biometria. Além disso, ele acredita que se as autoescolas instalarem o simulador, haverá elevação do valor do curso de formação de motoristas.
 
“O simulador só vai atrapalhar mais a vida do candidato. A lei é feita no sul do país e não conhece a realidade do nordestino, então vai ficar muito caro para a pessoa tirar a primeira habilitação. O custo deve aumentar sim, mas ainda não sei exatamente quanto vai ser. O Sindicato das Autoescolas da Bahia vai fazer um estudo para definir os valores”, afirmou.
 
Etevaldo disse ainda não acreditar que o uso do simulador vai ajudar o candidato. “Eu acho que não vai melhorar em nada. Já existe uma resolução que diz que o aluno tem que tomar aula com neblina, chuva e durante a noite, então eu não vejo a finalidade desse simulador”, destacou.
 
Como vai funcionar 

Segundo o Estadão Conteúdo, “as aulas, de 30 minutos cada, devem ser feitas obrigatoriamente antes do início da parte prática. As atividades no simulador não diminuem o número mínimo de aulas práticas exigidas: 20 aulas de 50 minutos. As aulas simuladas também não têm caráter eliminatório”.
 

Imagem do simulador/Divulgação

Ainda segundo o Estadão, a cada aula, o aluno vê o nível de dificuldade aumentar. A simulação começa com conceitos básicos e vai incorporando situações de adversidade, como trafegar em vias de grande movimento, em pista escorregadia ou sob neblina intensa.

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