Em seu primeiro pronunciamento desde que foi reeleito como presidente do Clube dos 13 (C13), nesta segunda-feira à tarde, o gaúcho Fábio Koff defendeu a expansão da entidade para clubes da Série B do Campeonato Brasileiro. Para ele, é importante que os clubes da segunda divisão nacional sejam incluídos, o que daria força ao grupo ante a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e facilitaria a criação de uma liga de clubes, sonho antigo da entidade ainda não realizado.
"Prometo dois compromissos: organizar uma reunião com clubes da Série B e os clubes da Série B que estão na A (Ceará, Atlético-GO, Grêmio Prudente e Avaí, não-filiados à entidade atualmente na primeira divisão) para realizar o contrato de televisionamento da Série B com a CBF, pois não é possível uma Série B com representantes do Clube dos 13 receberem só R$ 50 mil por mês. A nossa proposta é fazer os pequenos crescerem sem enfraquecer os grandes", declarou.
Koff crê ainda que, se conseguir trazer os clubes não-filiados a seu lado, conseguirá fechar um grupo para a realização de uma liga independente da CBF. "Em curto prazo, nossa prioridade é a reforma estatutária. Se nosso discurso foi recepcionado pelos clubes da Série B, vamos adotar regras estatutárias para recebê-los. Com 40 clubes, realizar uma liga não é difícil", concluiu o dirigente, que embora esteja no comando da entidade desde 1996, não defende o continuísmo. Segundo ele, as regras de eleição - somente ex-presidentes dos clubes filiados podem se candidatar - dificultam a renovação.
Com a vitória em cima da chapa apoiada pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Fabio Koff não teme retaliações. Ele classificou a ação do mandatário do futebol nacional uma intervenção indevida.
"Se admitisse medidas desta natureza eu ia embora para casa e levaria todo mundo comigo. Se tememos, pelo exercício democrático, do direito de eleger a diretoria de nossa entidade, no processo mais aberto possível, se eu acreditar que isso possa acarretar alguma represália não tem porque ficar aqui, vai acabar duvidando da seriedade da disputa, do futebol, da lisura do futebol. Se eu entender coisas de outras naturezas que não sejam as do campo ou ameaças a mudar resultado não tem por que ficar aqui. Não acredito que isso ocorra", afirmou o Fabio Koff.
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