quinta-feira, 1 de abril de 2010
De saída, Serra e Dilma trocam farpas e frases de efeito
Ambos de saída e de olho na eleição presidencial, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), adotaram discursos emotivos, frases de efeito e alfinetadas mútuas em suas despedidas dos cargos. Mais afeitos aos números, os dois transformaram suas cerimônias de desincompatibilização em palanque para esboçar virtuais plataformas de campanha.
"Não estamos dizendo 'adeus', estamos dizendo 'até breve'. Sob a sua influência, senhor presidente (Lula), quem fez tanto pode fazer muito mais e melhor. Hoje, sabemos que Brasil está pronto para dar novo e decisivo passo rumo à prosperidade econômica e social", afirmou Dilma, que ficou com a voz embargada durante sua fala. Quase chorando em alguns momentos do discurso, Dilma falou por todos os ministros que deixam os cargos - ela, inclusive - e deu as boas vindas aos novos titulares. A petista classificou como "alegria triste ou tristeza alegre" o sentimento de deixar o corpo de ministros do governo Lula.
Já Serra provocou risos até entre seu secretariado ao negar a fama de centralizador. "O pessoal de Brasília sorri ironicamente, mas o pessoal de São Paulo sabe que não sou centralizador, sei que é difícil passar essa ideia", afirmou. Ao comentar a demora em assumir sua candidatura, o tucano disse que sempre foi aconselhado a procurar os "holofotes, a buscar as notícias, mas sou sério". E também se valeu de um tom emocional ao afirmar que nunca incentivou o "confronto gratuito". "Não entendo assim o jogo político. Ao ódio reagi com serenidade de quem tem são Paulo e o Brasil no coração."
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