segunda-feira, 28 de junho de 2010

Dilma nega ser "poste", mas quer ajuda de Lula se eleita


A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, negou nesta segunda-feira que seja um "poste" criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sucedê-lo, mas afirmou que contará com a ajuda dele para governar se eleita em outubro.

A candidata governista ponderou que Lula é muito respeitoso e seria incapaz de fazer uma interferência indevida no próximo governo.

"Compreendo que alguns queiram dizer que eu sou um poste. Agora, acho que isso não me transforma num poste", disse a ex-ministra da Casa Civil durante o programa Roda Viva, transmitido pela Internet e que irá ao ar pela TV Cultura nesta noite.

"Vou querer que o presidente me ajude a aprovar reformas importantes, que o presidente participe com seus conselhos. Agora, tenho clareza que o presidente participará como ex-presidente."

Dilma defendeu uma reforma política que inclua o financiamento público de campanhas eleitorais, o voto em lista e outras medidas que melhorem a governabilidade e fortaleçam os partidos políticos.

"Seria prudente que fosse uma constituinte exclusiva, uma constituinte específica para tratar dessa questão."

Em relação à reforma tributária, ela defendeu a redução dos tributos que incidem sobre os investimentos, a folha de pagamento das empresas e o setor de energia, além da uniformização da cobrança do ICMS pelos Estados.

Ponderou, entretanto, que a cobrança de um imposto sobre grandes fortunas, prevista na Constituição mas ainda não regulamentada, não deve ser uma prioridade.

"É uma demanda que para ser aprovada no Brasil demandaria uma imensa energia política. Estamos numa fase muito importante para o Brasil que é de aumento de competitividade... nesse momento, vamos ter que falar sobretudo de redução (de tributos) sobre investimentos."

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