O reajuste nos benefícios do Bolsa Família garantirá, somente este ano, acréscimo superior a R$ 250 milhões no pagamento aos cadastrados no programa na Bahia. O valor pago mensalmente passou de R$ 161 milhões para R$ 189 milhões em abril, contemplando quase 1,7 milhão de famílias no estado. Além de gerar incremento na renda da população assistida, injeta recursos na economia baiana, principalmente no comércio da capital e interior.
Na Bahia, o programa é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e beneficia famílias de todos os 417 municípios. Segundo o secretário Carlos Brasileiro, o incremento mensal no pagamento dos benefícios, após o reajuste, passa de 17%. Em abril, segundo ele, foram beneficiadas 1.670.069 famílias. O valor pago este ano às famílias baianas pelo programa deve chegar a R$ 2,2 bilhões. “A transferência direta de renda tem forte impacto na vida das famílias, que precisam de apoio, e também na economia dos municípios”.
Com o reajuste, o benefício médio passou de R$ 96 para R$ 115. Porém os novos valores do Bolsa Família agora variam de R$ 32 a R$ 242. Em março, eram de R$ 22 a R$ 200. Foram incorporados índices diferenciados para garantir maior correção aos benefícios pagos em relação a crianças e adolescentes de zero a 15 anos, que tiveram aumento de 45,5%. O valor concedido aos jovens entre 16 e 17 anos teve correção de 15,2%. O reajuste do Bolsa Família foi anunciado em março pela presidente Dilma Rousseff, ao lado do governador Jaques Wagner, no município de Irecê, sertão baiano.
Segurança alimentar
Um dos objetivos do programa é combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional das famílias. Para receber o benefício, é preciso que a família tenha renda mensal por integrante de até R$ 140. E é preciso se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais na prefeitura do município onde mora.
A manutenção do benefício está vinculada à permanência dos filhos de até 17 anos na escola e da agenda de saúde em dia, incluindo a vacinação. Os beneficiários também precisam atualizar as informações cadastrais a cada dois anos e sempre que houver modificação no núcleo familiar.
A família que encontra dificuldade para cumprir as condições exigidas deve, além de buscar orientação com o gestor municipal, procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) ou a equipe de assistência social do município. O objetivo é auxiliar a família a superar as dificuldades enfrentadas. Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 93% dos usuários do cartão são mulheres.
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