O processo de desapropriação, reestruturação e ampliação do Aeroporto de Feira de Santana foram debatidos na manhã desta quinta-feira (29) durante uma audiência pública promovida pelo deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, Zé Neto.
A expectativa é que a partir de junho 2013 o aeroporto passe a operar voos comerciais e regulares, servindo como uma alternativa para embarque de turistas e transporte de cargas. A capacidade é de até 200 embarques por dia e linhas regulares para São Paulo e outras regiões do Estado.
De acordo com o coordenador da Secretaria de Infraestrutura do Estado, Denisson de Oliveira, dentro de três meses o levantamento da área do entorno do aeroporto deverá ser finalizado. Segundo ele já foi iniciada a identificação de propriedade e de proprietários, que serão indenizados por conta da relocação.
“Há cerca de um mês já começamos a identificar as propriedades uma a
uma, conversar com os proprietários, fazer a ficha de cada um deles,
para depois num processo coletivo definirmos o quanto e de que forma
será pago e quais são as necessidades deles”, informou o coordenador
prevendo o período de cerca de um ano para que as indenizações comecem a
serem pagas.
Em janeiro a operadora do aeroporto já começa a atuar consolidado as
negociações com as operadoras aéreas e fazendo as reformas e
requalificações mínimas de infraestrutura do aeroporto para, em
seguida, solicitar a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) uma visita
ao equipamento para mostrar que o aeroporto já tem condições de operar
os vôos. Passada essa fase, a próxima etapa é aguardar a liberação.
Denisson informou que esses procedimentos devem levar cerca de seis
meses.
Quanto aos valores das indenizações, a presidente da Associação dos
Moradores da Fazenda Retiro, Maria Gorete informou que os proprietários
da área aguardam há um ano a desapropriação e ainda não tem informações
sobre os valores.
“Não sabemos o valor que vamos receber pelo que estamos vendo a área será bastante desvalorizada. Enquanto não tivermos os valores não podemos nem pensar em comprar outra propriedade”, disse.
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