Novo técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari não vai
simplesmente jogar no lixo o trabalho de seu antecessor, Mano Menezes.
Ao mesmo tempo, o treinador também deixou claro como dará seu toque
pessoal no comando da equipe: abrindo as portas do time para jogadores
experientes que foram riscados das convocações anteriores. Ele falou
sobre o assunto na manhã desta quinta-feira, durante sua apresentação no
novo cargo, ocorrido na sede da Confederação Brasileira de Futebol
(CBF), no Rio de Janeiro.
"A Seleção é jovem sim, mas tem outros jogadores experientes que podem
voltar e melhorar isso" afirmou Felipão. "Claro que nós não vamos
começar do zero. Isso não existe. Nós vamos pegar uma Seleção que foi
trabalhada, examinar alguns nomes e um ou outro nome deverá ser mudado. A
partir desta base uma ou outra coisa deverá ser mudada."
Inicialmente, o treinador evita falar em nomes. "Nós só vamos começar a
discutir nomes mais adiante. Quem não estiver convocado, eu não falo.
Quando convocarmos para o dia 6 de fevereiro (amistoso com a Inglaterra,
em Wembley), poderemos ter aí alguns nomes que vocês vão concordar ou
discordar", afirmou, citando o jogo que marcará sua reestreia à frente
da equipe verde e amarela.
Um dos atletas a que Felipão se referia era Ronaldinho Gaúcho, cujo
nome foi citado em uma pergunta feita ao técnico. O meia do Atlético-MG
fez um bom Campeonato Brasileiro e é alvo de grande admiração do
treinador. Os dois trabalharam juntos na Seleção Brasileira campeã
mundial em 2002 e, naquela época, Scolari já antecipava que o jogador
logo seria escolhido o melhor do mundo.
Felipão também deixou claro que seu time terá Neymar como referência.
"Cada uma das grandes seleções do mundo tem um craque. Nós temos o
nosso", disse o técnico, que minimizou a falta de experiência
internacional do jogador do Santos, frequentemente criticado por não
repetir na seleção suas atuações no clube.
"A maioria dos jogadores disputa campeonatos muito fortes, começando
pelo nosso Campeonato Brasileiro. Podem não ter jogado Copa do Mundo,
mas quando se é jovem se tem uma virtude que é até mais importante que a
experiência, a vontade. Todos eles sabem o que significa ser campeão do
mundo em uma Copa no Brasil. Seria um dos maiores títulos da história",
explicou Felipão.
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