Destituído pelo ex-goleiro Bruno Fernandes na semana passada, durante o 
julgamento do Caso Eliza Samudio, no Fórum de Contagem (MG), o advogado 
Rui Pimenta segue os trabalhos em prol do atleta. Apesar de não estar 
mais à frente no processo, o defensor impetrou um habeas corpus no 
Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em 2011 e pede a saída do ex-atleta
 do Flamengo da cadeia. "Ele tem 99,9% de chances de sair em dezembro", 
disse o advogado.
"O habeas corpus está tramitando há um ano e agora o ministro Joaquim
 Barbosa passou para a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e 
os processos serão redistribuídos. Pode ir para qualquer ministro, a 
jurisprudência da casa é sempre no sentido de o réu primário, que tem 
bom comportamento na cadeia, tem direito a aguardar em liberdade. Isso é
 certo", afirmou.
A confiança do advogado é tamanha que Pimenta faz inclusive projetos 
para Bruno em 2014. "Ele tem um sonho e eu vou colocar ele na rua para 
conseguir. Quem sabe ele defende um pênalti do Messi, na final da Copa, 
ajuda o Brasil a ser campeão e ainda melhora a imagem dele?", projetou. 
Pimenta também falou sobre o movimentado julgamento, onde várias 
reviravoltas aconteceram. Ao ser destituído pelo goleiro, em uma 
tentativa de manobra, Pimenta criticou veementemente o arqueiro e não 
deixou barato.
"Quem entende de direito sou eu. Imagina só se eu posso chegar para 
ele e dizer como tem que ficar posicionado no gol, não tem condições. A 
mesma coisa eu disse para ele, mas ele não estava confiando, então foi 
melhor eu sair", disse. "Bruno cometeu um suicídio processual. Ele não 
concordou e houve um desentendimento. Como jogador é um grande atleta, 
mas como estrategista é nota zero. Eu avisei, mas ele pensou que o 
Macarrão poderia assumir tudo sozinho. Ele não iria fazer isso, sem o 
Bruno lá o Macarrão ia entregar tudo e foi o que aconteceu. Ele 
complicou tudo, não tinha prova, agora a promotoria ganhou a prova", 
argumentou o advogado.
Questionado sobre qual teria sido o motivo do desentendimento entre o
 defensor e o ex-atleta, Rui explicou que Bruno ficou assustado ao saber
 que seria julgado por seis mulheres e um homem. "Ele me chamou e disse 
que não tinha entendido o motivo de escolher seis mulheres. Eu falei com
 ele que entendo disso e sabia o que estava fazendo. Ele não entendeu, 
mas a minha ideia era exaltar as mulheres, era falar bem delas, porque 
na verdade são superiores. O homem é ruim. A mulher não, a mulher dá a 
vida. Quando um homem comete injustiça, ele toma uma cerveja e esquece. 
Eu colocaria para elas que julgar uma pessoa sem provas era errado e é 
assim que eu faria, mas ele não concordou, então eu achei melhor sair", 
completou.
Pimenta conclui que o grande beneficiado com a estratégia mal pensada
 por Bruno foi seu ex-amigo Luiz Henrique Romão. "Para o Macarrão, foi 
um papai noel, ele se beneficiou, e o Bruno não pode mais. O promotor 
vai subir em cima dele e não tem jeito, vai pegar uma pena grande. É de 
20 a 35 anos, porque o Bruno é burro com b maiúsculo", criticou.

 
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