Um policial civil foi preso acusado de matar o motociclista Sílvio Ricardo Andrade Silva, 41 anos, após uma discussão de trânsito,
no dia 19 de outubro, nas proximidades do Detran. A delegada Iracema de
Jesus, corregedora da Polícia Civil, confirmou ontem que o policial foi
preso na sexta-feira, mas não forneceu mais informações sobre a
investigação.
O policial, que seria agente da Delegacia do
Consumidor, foi levado para a corregedoria após a prisão. Uma coletiva
foi marcada para hoje com a cúpula da Secretaria da Segurança Pública
(SSP) — o secretário Maurício Teles Barbosa, o comandante-geral da PM,
coronel Alfredo Castro, e o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge
Paixão — para apresentar o resultado das investigações. A SSP preferiu
não informar os dados do policial, alegando que seriam repassados hoje.
A
viúva do empresário, Sofia Teixeira, reclamou da falta de informações
sobre o caso. “Liguei pra lá (Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa - DHPP) todos os dias e sempre me diziam que já estavam
concluindo a investigação. Sempre ouvi comentário que seria um policial,
pela arma que foi usada e pelo carro, pela precisão nos tiros. Ele
matou meu marido sem chance de defesa”, afirma a viúva, lembrando que o
marido foi morto com dois tiros disparados por uma pistola .40, que é de
uso exclusivo das polícias civil e militar.
No dia do crime, o
delegado do DHPP, Antônio Cláudio Oliveira, chegou a afirmar que a
polícia já tinha um suspeito do homicídio. A viúva questionou ainda a
demora na investigação. “Se fosse um marginal comum já teria sido
encontrado. A polícia não revela quem foi, não sei o porquê. Quero um
dia poder abrir um jornal e olhar a foto desse marginal estampada. Esse
homem é um desequilibrado”, diz.
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