A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol)
anunciou nesta quinta-feira que, como "medida cautelar" por conta da
morte de um jovem de 14 anos durante partida na Bolívia, o Corinthians
não poderá mais receber torcida em seus jogos na Copa Libertadores até
que uma decisão final sobre o caso seja tomada, ou por um prazo de 60
dias.
A tragédia aconteceu na partida de estreia do atual
campeão, no empate por 1 a 1 contra o San José, quando um torcedor foi
atingido no rosto por um sinalizador disparado por corintianos. "As
partidas do Corinthians como mandante serão disputadas de portões
fechados. Nos jogos que o clube disputará como visitante, seus
torcedores não terão acesso a ingressos", declarou nesta quinta-feira o
porta-voz da Conmebol, Nestor Benítez.
Pelo regulamento da entidade, a atitude de torcedores do
Corinthians poderia causar até mesmo a exclusão do atual campeão
continental. Doze corintianos seguem detidos em Oruro, local da partida.
O grupo foi indicado por homicídio - dois deles como autores, os outros
dez como cúmplices. O consulado brasileiro na Bolívia está cuidando da
situação dos acusados.
Kevin Douglas Beltran Espada, 14 anos, morreu no estádio depois de ser
atingido no rosto por um sinalizador disparado por torcedores do
Corinthians. Imagens de emissora de TV boliviana confirmam que o
artefato foi disparado do setor de torcida visitante. Na estreia, o
Corinthians empatou por 1 a 1 contra o San José.
Nesta quinta-feira, o presidente do clube paulista, Mário Gobbi,
concedeu entrevista na qual manifestou apoio às investigações e à
família de Kevin Espada. O dirigente decretou luto oficial de sete dias.
No entanto, se mostrou contrário à punição ao Corinthians e apontou
falta de segurança do Estadio José Bermúdez.
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