"Eu não sabia, mas fazer assim com o braço não pode",
disse Feijão, rindo enquanto repetia com os braços o gesto, semelhante
ao que é feito por um jogador de futebol para pedir a participação do
público nos estádios. "O juiz de cadeira disse que isso só pode ser
feito na Copa Davis e eu falei: 'pô, não sabia, tá bom, não faço mais'.
Busquei alguma forma de chamar os torcedores, que se identificam quando
nós, atletas, estamos na quadra dando o nosso máximo e chamando eles
para o jogo".
O episódio ocorreu após uma virada de game do segundo
set, antes de Nadal sacar em 1/2. Os gestos de Souza inflamaram os fãs;
muitos se levantaram e começaram a gritar “Feijão, Feijão”.
Curiosamente, foi nesse mesmo game que o brasileiro teve a maior chance
na partida, com o único break point no jogo, salvo por um bom saque do
espanhol.
Após desperdiçar duas oportunidades de confirmar o
serviço, Nadal finalmente o fez e depois se encaminharia para se
classificar às quartas de final, vencendo por 6/3 e 6/4. Na virada de
lado seguinte ao game em que houve os gestos, Feijão foi repreendido
pelo juiz de cadeira, que não deu uma advertência formal ao jogador: não
falou ao microfone, apenas comunicando o recado sem anunciá-lo ao
público.
"Tentei fazer para me soltar. Até vi o Nadal fazendo com
a cabeça (um sinal de não) tipo assim: 'que esse cara está fazendo?'.
Foi a única coisa que veio na cabeça, e a torcida se identificou",
prossegue Feijão, contando o que sentiu da reação do espanhol.
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