O Grupo Gay da Bahia (GGB) repudiou as declarações dadas pela cantora Joelma, vocalista da banda Calypso,
à revista Época publicada neste sábado (30). Ela disse que que ser gay é
"como um drogado tentando se recuperar". Em nota, a entidade considera a
opinião da artista como um "desserviço e estimulo a intolerância
coletiva contra cerca de 10% da população do Brasil".
"Como se
não bastasse à homofobia racista do deputado Marcos Feliciano, titular
da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional, vem a cantora sob
uma pseudo interpretação da Bíblia, acusar e discriminar os LGBTs",
afirma Marcelo Cerqueira, presidente do GGB. "Como formadora de opinião,
e ainda vangloriando-se de uma pseudo fé cristã, ela não tem o direito
semear o ódio contra uma população que já sobre por tanta
incompreensão", completa o ativista.
Cerqueira ainda afirma que
"a cantora praticou quase todos os pecados capitais. E é uma alma caída
na escuridão das trevas, mas que pode ser regenerada. Ficou doente como
relata por ser uma pessoa avarenta apegada ao dinheiro e aos bens
materiais, vaidosa porque se preocupa com os atributos físicos para
conquistar os outros e subordiná-los".
Outro lado
Ainda neste sábado, Joelma voltou a tentar amenizar
as declarações polêmicas. Ela afirma que tem amigos gays e que conhecem
pessoas que conseguiram reverter a homossexualidade. "Meu melhor amIgo e
confidente é gay e, apesar das nossas diferentes opiniões, somos
amigos", escreveu.
Mais polêmica
Ainda no comunicado, o
GGB pede à toda comunidade que envie protestos aos produtores do
seriado 'Tapas e Beijos' para que eles substituam a música tema de
abertura cantada pela banda Calypso, considerando que "a postura pública
da cantora destoa com atores e a produção do programa".
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