A petição "Fora Marin", que pede a saída de José Maria
Marin da presidência da CBF, será entregue na próxima segunda-feira na
sede da CBF pelo deputado federal Romário (PSB-RJ) e Ivo Herzog, filho
de Vladimir Herzog, jornalista torturado e assassinado em 1975 por
agentes da ditadura militar nas dependências do DOI-Codi, departamento
de operações da ditadura militar.
Marin, deputado na época, é acusado de ter colaborado
com a prisão de Vladimir Herzog, que estava à frente da TV Cultura - era
o diretor da emissora. O presidente da CBF usou o próprio site da
entidade para se defender das acusações.
"Nós, atletas e ex-atletas, ficamos muito
desconfortáveis com esse tipo de situação. Será que merecemos ter à
frente do nosso esporte mais querido, mais popular, um esporte que
orgulha o nosso povo, uma pessoa suspeita de envolvimento, ainda que
indireto, com tortura, assassinato e a supressão da democracia", disse
Romário, presidente da Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara
dos Deputados, um dia após a manifestação de Marin.
Ivo Herzog ainda entregará cópias da petição - criada
por ele e que será encaminhada à CBF no dia do 49º aniversário do golpe
militar no Brasil - para as direções dos 20 clubes que disputarão o
Campeonato Brasileiro e às 27 federações de futebol do país. Até o
momento, mais de 54 mil pessoas assinaram a petição.
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