Arnon de Mello Neto é um executivo falante, costuma
explicar bem os assuntos de seu novo ramo, a NBA (Liga Americana de
Basquete). Mas basta começar a falar do pai, o ex-presidente da
República Fernando Collor de Mello que as palavras somem de sua boca.
Arnon não gosta muito de falar de política. E não sabe dizer se a
condição de filho do primeiro presidente a sofrer um impeachment no país
prejudicou-lhe na vida.
Na carreira, acredita que não. Afinal, o executivo de 36
anos é o diretor do escritório da NBA no Brasil e vai trazer pela
primeira vez uma partida da liga das estrelas do basquete mundial para o
país – Chicago Bulls e Washington Wizards se enfrentam em outubro, no
Rio de Janeiro. No escritório da NBA desde outubro do ano passado, esta é
sua segunda experiência em gestão esportiva. Antes, assumiu o cargo de
diretor de futebol (entre 1999 e 2001) do seu time do coração, o CSA,
com apenas 21 anos.
Economista, Arnon de Mello tem mestrado em políticas
públicas na Universidade de Harvard e um MBA no Massachussets Institute
of Technology (MIT), duas conceituadas instituições dos Estados Unidos,
onde viveu por quase 10 anos e fez carreira em instituições financeiras.
Sua única experiência na política foi logo depois que deixou o CSA, em
2002. Não deu certo. Candidato a deputado federal por Alagoas, recebeu
51.039 votos e perdeu a eleição porque não atingiu o coeficiente
eleitoral necessário. É um ramo para o qual não pretende retornar.
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