terça-feira, 30 de julho de 2013

PMs envolvidos em briga de bar no Rio Vermelho têm prisão preventiva decretada

As prisões em flagrante de dois dos três soldados da Polícia Militar que se envolveram em uma briga no Bar 30 Segundos na última sexta-feira (26) foram convertidas em preventiva. A decisão foi do juiz do Plantão Judiciário. Adílson Prazeres Barbosa, 26 anos, e Gervásio Augusto Carvalho da Silva Júnior, 29, seguem custodiados no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas e deverão aguardar a conclusão das investigações presos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-Ba), os soldados Adilson e Gervásio foram ouvidos na 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris) e na Corregedoria da Polícia Militar. Depois eles foram encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para se submeterem a exames de corpo delito, alcoolemia e resíduos metálicos.

Lotado na 36ª CIPM (Dias D’Ávila), Adílson foi autuado em flagrante por disparo de arma de fogo em local público e uso de documento falso, pois o documento de porte não batia com a numeração da sua arma.

Já Gervásio, que serve na 14ª CIPM (Lobato) e é apontado por testemunhas como autor de disparos dentro da casa noturna, vai responder por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo em local público.

Briga e tiros
A PM informou em nota que foi acionada por volta das 3h30 desta madrugada por conta de uma confusão generalizada em um bar no Rio Vermelho. No local, a guarnição foi informada que as pessoas que atiraram fugiram em direção ao Parque Lucaia. Em diligências, a equipe localizou os suspeitos nas proximidades da Ceasa do Rio Vermelho e os prendeu - neste momento, os suspeitos foram identificados como PMs.

Os soldados estavam no carro da amiga Fernanda Mayan Abreu, 21, que foi baleada na perna. A suspeita é que ela tenha sido baleada já do lado de fora do bar - o carro ficou com marcas de tiros. No veículo, foi apreendida uma pistola calibre 380 - outras duas do mesmo calibre estavam no cofre do bar, uma delas, da PM da Bahia.

O advogado dos soldados diz que os clientes também foram agredidos. "Eles também foram vítimas de agressões. Ao sair desse local, uma pessoa que estava acompanhando eles, a Fernanda, foi baleada. Não se sabe ainda se por algum segurança ou algum outro policial. Já ouvi alguma coisa aí falando que seria um policial federal", disse Daniel Silva. "Nenhum dos três adentrou o local armado. Se ocorreu isso, a gente percebe que existe uma grande falha da segurança da própria boate", criticou.



Já segundo o advogado Joel Meireles, representante do bar 30 Segundos, um dos três policiais militares conseguiu burlar a segurança do estabelecimento e entrou armado.

De acordo com Meireles, os três PMs brigaram com outro cliente dentro do bar. Uma equipe da Polícia Militar foi chamada para conter a briga e houve uma troca de tiros. "Os policiais atiraram em outro cliente. Quando eles saíram, a polícia deu voz de prisão, mas eles não respeitaram", disse Meireles à TV Bahia.

Além de Fernanda, o cliente Rafael de Brito Marques, 29 anos, também foi baleado na perna. Já os seguranças Osmar Calhal dos Santos, 27, e Marcel Silveira Mendes foram agredidos com golpes de cadeira na região da cabeça. Os quatro foram atendidos no Hospital Geral do Estado (HGE).

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