O advogado Samir Badra Dib, de Rondonópolis, no Mato Grosso (MT), conseguiu que a Justiça da cidade garantisse a devolução do valor de R$ 101.574 investido por ele na Telexfree no dia 19 de junho, mesma data em que as atividades da empresa foram suspensas pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Acre por suspeita de formação de uma pirâmide financeira.
A pirâmide financeira, que é uma prática criminosa, ocorre quando o organizador da empresa remunera seus antigos sócios com taxas de adesão cobradas dos novos e não com o lucro do empreendimento. Segundo a decisão da 3º Vara Cível, ainda em caráter provisório e passível de revisão, a empresa deverá fazer a restituição do valor investido pelo advogado no prazo de dez dias, sob pena de ter que pagar multa diária de R$ 1 mil.
Para garantir a devolução, a Justiça do MT notificou também a 2ª Vara Cível de Rio Branco (AC) para que permita que o valor, que está bloqueado na conta da empresa, seja transferido para a conta do Tribunal de Justiça do MT. O valor deverá permanecer na conta até que seja proferida uma decisão definitiva sobre o processo.
O advogado afirmou que era a primeira vez que fazia esse tipo de investimento, que julgou interessante após assistir uma palestra de um divulgador da Telexfree. "Achei que era um investimento vantajoso como outro qualquer, com os riscos semelhantes à bolsa de valores. Estava com o dinheiro parado e resolvi aplicar", comentou. Segundo ele, ainda que não tenha acesso imediato ao valor - por causa da suspensão das atividades da empresa - ele quis garantir que esse dinheiro não possa ser utilizado para outros fins. "Quis resguardar os meus direitos", afirmou.
Procurada, a Telexfree ainda não se manifestou sobre o processo.
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