sexta-feira, 19 de julho de 2013

Novas polêmicas aumentam "incêndio" a ser combatido por Autuori

Paulo Autuori ainda não conseguiu dominar o "incêndio" com o qual se deparou ao chegar ao São Paulo. Ao mesmo tempo em que o técnico tenta combater o fogo de vaidades e acertar o time taticamente em campo, jogadores e membros da diretoria alimentam as chamas da crise com mais declarações polêmicas.

Quando foi apresentá-lo, o presidente Juvenal Juvêncio desdenhou da fase conturbada. "Essa coisa de ser um dos piores momentos da vida, do São Paulo... Se ganhar três partidas, vão dizer que o Paulo é salvador. Eu também vou dizer", disse, rindo, na semana passada. Foram duas derrotas até agora, o que aumentou para nove o número de jogos seguidos sem vencer.
O último tropeço determinou o vice-campeonato da Recopa Sul-americana para o Corinthians e resultou em declarações fortes. O meia Paulo Henrique Ganso criticou o sistema defensivo, o atacante Luis Fabiano admitiu apreensão inicial com rebaixamento no Campeonato Brasileiro, e o goleiro Rogério Ceni afirmou que o São Paulo, um degrau abaixo do maior rival, parou no tempo.

No dia seguinte, o comentário do capitão foi analisado com infelicidade pelo diretor de futebol, Adalberto Baptista. Ele disse que o jogador estava de cabeça quente por vários motivos, sendo um deles a dor no pé direito, a qual, na opinião do dirigente, tem tornado deficiente sua reposição de bola, "ponto alto" de Ceni. Proposital ou não, o comentário só agrava o momento ruim da equipe.

Autuori tem insistido na tese de que a maior fraqueza do elenco é mental e, para vencê-la, aposta no diálogo. O treinador admite que até pediria a contratação de um psicólogo - apenas para o elenco, a princípio - se fosse início de temporada, mas que a chegada de um profissional da área neste momento não surtiria o efeito imediato necessário. "Todos têm que acreditar nisso desde o começo", argumenta.

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