sexta-feira, 19 de julho de 2013

Para decidir Libertadores, Kalil elevou dívida atleticana em R$ 150 milhões

Finalista da Copa Libertadores e no momento mais importante de sua história em competições internacionais, o Atlético-MG pagou um preço caro para chegar até aqui. E o que não pagou, ainda vai pagar.


Segundo balanços patrimoniais referentes aos últimos cinco exercícios, a dívida atleticana passou de R$ 265 milhões, em 2008, para R$ 414 milhões em 2012. O período coincide com a administração do presidente Alexandre Kalil, que tem status de ídolo entre torcedores. Muitos deles creditam também a Kalil o fato de que o Atlético-MG irá decidir a Libertadores na noite desta quarta-feira, em Assunção, no Paraguai.


Evolução da dívida
Ano e valor
(em milhões de reais)
2008 - 265
2009 - 286
2010 - 318
2011 - 368
2012 - 414

Há três itens principais que compõem o alto passivo do Atlético-MG. À Receita Federal, segundo o último balanço, o valor a pagar é de R$ 208 milhões. Ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), mais R$ 14 milhões. Entre empréstimos a instituições financeiras e não financeiras, são R$ 167 milhões.


Em “instituições não financeiras”, entenda-se o ex-presidente do clube Ricardo Guimarães. Por empréstimos realizados ao Atlético-MG em seus tempos de mandatário, Guimarães recebe parcelas e ainda tem direito a 15% do valor arrecadado com transferências. Ele é também presidente do Banco BMG, patrocinador máster e dono dos direitos econômicos de alguns dos jogadores finalistas da Copa Libertadores.


Apesar da valorização do elenco desde o último ano, por conta do vice-campeonato brasileiro, o Atlético-MG também experimenta déficits consecutivos durante a gestão Kalil. O que, evidentemente, contribui para o crescimento da dívida. Só no último ano, o clube gastou R$ 33 milhões além do que arrecadou. Em 2011, esse balanço também havia sido negativo: R$ 36 milhões.

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