Os protestos
que tomaram conta das ruas do País pouco antes do início da Copa das
Confederações no Brasil não tiveram a resposta dos governantes
pretendida pelos manifestantes. Esta é a constatação da pesquisa da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o instituto
Ibope, divulgada nesta quinta-feira. Mais de 30% da população desaprova
totalmente as ações da presidente Dilma Rousseff, dos governadores e
prefeitos de sua cidade e do Congresso Nacional em resposta às
manifestações.
A pesquisa foi feita entre 9 e 12 de julho deste ano,
com mais de 7 mil entrevistados em 11 Estados do País. Numa escala de 0 a
10, onde 0 significa que o entrevistado reprova totalmente e 10 aprova
totalmente, a melhor avaliada pela população foi a presidente Dilma
Rousseff, que teve nota média 4. Na média, os governadores obtiveram
nota 3,6; os prefeitos, 3,7; Senado nota 3 e Câmara, 2,8.
Após as manifestações, a presidente Dilma propôs a
realização de cinco pactos, envolvendo responsabilidade social, reforma
política, saúde, transporte público e educação. No Congresso, Câmara e
Senado se propuseram a votar matérias populares, como o fim da suplência
para senadores, corrupção como crime hediondo, passe livre para
estudantes, recursos dos royalties de petróleo para educação e outros.
Dos 7 mil entrevistados, 89% aprovaram as manifestações -
destes, 39% responderam espontaneamente que são a favor dos protestos,
desde que sem violência ou vandalismo. Dentre os entrevistados, 34%
afirmaram que pretendem participar caso haja novas manifestações. O
principal motivo que faria a população participar das manifestações é
por mais investimentos em saúde (43%), contra a corrupção (35%), pela
melhoria da segurança pública (20%) e contra a inflação (16%). Os
entrevistados podiam dar até três respostas.
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