Mais de 90% dos 1.200 empregados demitidos da empresa de ônibus Barramar irão trabalhar em outras empresas da capital baiana, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), que participou de uma reunião de conciliação na tarde desta terça-feira (3) com representantes da empresa e do Sindicato dos Rodoviários. A Barramar se comprometeu a pagar as parcelas rescisórias, incluindo 13º, férias, saldo de salários e multa de 20% do FGTSS.
A homologação da rescisão será feita no próprio sindicato. Serão pagas as verbas rescisórias de 200 empregados por dia, observando a ordem de matrícula, entre os dias 5 e 10 de junho. Depois da baixa na carteira, os empregados da Barramar estarão aptos a trabalhar em outras empresas.
O único item não atendido foi o pagamento do aviso prévio, pois os trabalhadores vão ser reinseridos no mercado de trabalho. Os que não forem reaproveitados receberão o pagamento em parcelas até o dia 18 de junho.
O Sindicato alegava desrespeito à lei pela empresa ao demitir todos os seus empregados, sem ter feito negociação coletiva. Os advogados queriam invalidar as demissões em massa, declará-la abusiva e receber todos os direitos, incluindo multa de 40% sobre o FGTS, aviso-prévio e parcelas rescisórias.
A Barramar, por outro lado, se prontificava a reaproveitar pelo menos 80% dos empregados em outras empresas e fazer um acordo, que não incluía o pagamento de 40% do FGTS, aviso-prévio, além do parcelamento dos demais direitos trabalhistas, alegando crise financeira, que a teria obrigado a encerrar suas atividades, alegando motivo de "força maior".
As linhas da Barramar já foram remanejadas para outras empresas.
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