Diego Duarte de Jesus Bernardes, de 28 anos, foi preso, na manhã desta segunda-feira (15), ao procurar a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) para registrar um falso sequestro, o qual teria sofrido, na sexta-feira (13), em São Caetano. Diego, que na verdade queria ter acesso a um preso custodiado na carceragem da unidade, inventou o sequestro apenas para justificar a suposta perda de sua carteira de identificação como advogado.
Segundo a delegada Francineide Moura, titular da DRFR, Diego apresentou-se como defensor de Jonas de Souza Santos, 23, autor confesso do homicídio de Lucas dos Santos Lima, o “Chapolim”, 35, puxador da torcida organizada “Os Imbatíveis”, morto a tiros em abril de 2014. “Como sabia que não teria acesso ao preso se não apresentasse a identidade de advogado, ele criou a história do sequestro para justificar o roubo do documento”, explicou à delegada.
Diego contou na unidade que foi abordado por quatro homens armados, quando saltava de um táxi, por volta de 23 horas, em São Caetano. Dali, ele fora colocado num veículo e, depois de circular por 25 minutos, foi levado a um cativeiro onde permaneceu até ser libertado, às 4 horas da manhã, caminhando, em seguida, até sua casa, no Bonfim, de cuecas.
Apesar de dar descrições detalhadas sobre o carro no qual foi levado e sobre as características dos quatro assaltantes, Diego caiu em contradição durante o depoimento e não soube fornecer dados como o número do registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e endereço do escritório de advocacia onde trabalharia, o que despertou a atenção dos policiais.
O pai do assassino de Chapolin também foi chamado à delegacia para prestar depoimento e confirmou que Diego era o advogado do filho. Autuado em flagrante por falsidade ideológica e falsa comunicação de crime, Diego será encaminhado ao Complexo Penitenciário da Mata Escura.
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