A Bahia é apontada como um dos estados brasileiros protagonistas na mobilização social contra a dengue - doença transmitida pelo mosquito ‘aedes aegypt’. Para estabelecer novas estratégias e debater as ações já desenvolvidas no estado no combate à proliferação do mosquito, que também transmite a 'chikungunya', os integrantes do Comitê Estadual de Mobilização Social de Prevenção e Controle da Dengue estiveram reunidos, na tarde desta sexta-feira (27), na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
Uma empresa de consultoria foi contratada para coletar as avaliações apresentadas pelos membros do comitê sobre o período 2011-2014. Os dados vão compor um documento que irá auxiliar na elaboração do Plano de Ação 2015-2018. “Estamos realizando com eles uma metodologia de construção coletiva [do Plano de Ação]. Entendemos que nenhum processo pode ser construído sem avaliar o anterior”, explicou a consultora Danúbia Leal. Segundo ela, a empresa leva em consideração como ocorreu a execução do plano nos últimos quatro anos, se as metas foram cumpridas e como as ações foram implementadas.
De acordo com a líder executiva do Projeto de Mobilização Social da Flem, Anna Melyssa Neves, o trabalho de prevenção é de suma importância. “A partir do momento em que reunimos as lideranças comunitárias e as capacitamos para que elas possam identificar e eliminar os focos do mosquito, nós ampliamos os multiplicadores”. O comitê é vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e dispõe da assessoria executiva da Flem, além da participação de diversas instituições públicas e privadas e representantes da sociedade civil.
Segundo Anna Melyssa, os municípios que precisam de atenção especial do comitê são Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Camaçari, Conceição de Coité, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Jacobina, Jequié, Lauro de Freitas, Paulo Afonso, Porto Seguro, Salvador, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Teixeira de Freitas, Valença e Vitória da Conquista.
“As instituições que estão reunidas aqui também recebem informações atualizadas sobre a dengue e a 'chikungunya' e levam para suas instituições, onde conversam com servidores, funcionários e fornecedores, além de elaborar peças de comunicação - folhetos, informativos e cartazes - sobre os sintomas e modos de prevenção às duas doenças”, disse a representante da Flem.
Monitoramento
Neste ano, os dois municípios baianos com maior número de casos notificados de dengue são Ilhéus (1.934 casos) e Itabuna (1.501), ambos no sul do estado. Quanto às notificações de 'chikungunya', as duas primeiras posições são ocupadas por Feira de Santana (1729) e Riachão do Jacuípe (1535).
A dengue e, mais recentemente, a 'chikungunya' são acompanhadas pela Vigilância Epidemiológica da Sesab, que investiga os casos e os sintomas, com o intuito de orientar a assistência prestada, além de alertar a população sobre os períodos com maior ocorrência da doença.
“Fazemos o monitoramento sistemático semanal. Embora sejam doenças de responsabilidade de todos, é na área da saúde que conseguimos enxergar os impactos desta doença. Estamos na 13ª semana epidemiológica em que, historicamente, existe a possibilidade de aumentar os casos. Nas últimas duas décadas na Bahia, nos meses de abril, maio e junho, observamos o aumento da doença [dengue]”, explica a coordenadora do Grupo de Trabalho de Combate à Dengue-Chikungunya da Sesab, Elisabeth França.
“Fazemos o monitoramento sistemático semanal. Embora sejam doenças de responsabilidade de todos, é na área da saúde que conseguimos enxergar os impactos desta doença. Estamos na 13ª semana epidemiológica em que, historicamente, existe a possibilidade de aumentar os casos. Nas últimas duas décadas na Bahia, nos meses de abril, maio e junho, observamos o aumento da doença [dengue]”, explica a coordenadora do Grupo de Trabalho de Combate à Dengue-Chikungunya da Sesab, Elisabeth França.
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