sexta-feira, 27 de maio de 2011

Governo dá ultimato mas professores mantém greve

O governador Jaques Wagner tentou de tudo. Suspendeu salário e depois ameaçou retirar da mesa de negociações a reivindicação sobre o Decreto Nº 12.538, caso os professores não respondessem até esta sexta-feira (27) a proposta do Estado. Mas, "diante da intransigência do Governo", os professores decidiram manter a greve, que na Universidade Estadual da Bahia já chega a quase 50 dias, informou o diretor da Adufs, Adroaldo Santos.

Segundo o professor, esta já é uma "questão de honra". "Passamos todo o ano de 2010 negociando percentuais, período de vigência e outras questões e somente no dia da assinatura do Termo de Acordo, em 22 de dezembro, o Governo tirou esta carta do bolso (cláusula que congela os salários por quatro anos). Uma atitude desrespeitosa", protestou.

Sobre a mensagem gravada pelo governador e enviada à imprensa (leia matéria), Adroaldo afirma que, caso o Governo retire a mesa de negociações, o movimento pode partir para um enfrentamento mais rigoroso. Questionado sobre os prejuízos aos estudantes, o professor afirma que mesmo que os docentes decidam voltar, na situação em que se encontram os salários, não há garantias de que os estudantes não sejam prejudicados. "Muitos professores estão deixando as universidades", afirma.

O vice-presidente da Adusb, Jorge Nascimento, disse que houve unanimidade entre os 130 professores que integram a associação pela permanência da greve, na assembleia desta sexta. Os docentes da Adusc e Aduneb também decidiram manter a greve. Às 17h de hoje, os dirigentes dos grupos se encontram com representantes do Governo para o que poderá ser a última reunião de negociação.

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