A demora na liberação dos recursos para a construção do novo estádio de Salvador fez o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), anunciar ação judicial contra o TCE (Tribunal de Contas do Estado) na Justiça.
O tribunal estabeleceu exigências para autorizar o BNDES a liberar verba para obras da Fonte Nova. O parecer do conselheiro Pedro Lino prevê a liberação de apenas 20% dos R$ 323 milhões que serão emprestados.
De acordo com o secretário extraordinário para assuntos da Copa na Bahia, Ney Campello, nem mesmo os 20% serão liberados, já que o TCE exigiu novas garantias para a liberação dos recursos.
Ainda segundo ele, a construção do estádio está dentro do cronograma, mas pode ser afetada se o imbróglio persistir por mais tempo.
Fontes ligadas ao governo dizem que trata-se de questão política. O TCE tem uma composição quase toda ligada ao grupo de Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007. Dos sete conselheiros, só Zilton Rocha foi nomeado pela atual gestão.
A assessoria de Pedro Lino afirmou, porém, que mesmo Zilton Rocha, ligado ao PT, foi contrário à liberação dos recursos. E que é necessário apresentar ao TCE os projetos básico e executivo do estádio, o que ainda não ocorreu.
Segundo Lino, a atitude do governo da Bahia é uma "tentativa de passar por cima das atribuições do TCE, atropelando princípios democráticos e constitucionais".
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk3105201108.htm
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