O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu nesta segunda-feira que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, peça afastamento do cargo até que sejam esclarecidas as denúncias sobre sua evolução patrimonial e suposto tráfico de influência à época que Palocci era deputado.
Segundo Ophir, o pedido de afastamento de Palocci seria compatível com o atual discurso do governo, que afirma que o ministro tem apresentado "todas as explicações necessárias", sobre o caso. "O pedido de afastamento é algo que soaria muito bem no âmbito da sociedade. É algo que deixaria o governo Dilma muito mais tranquilo. No entanto, isso vai depender de uma avaliação política e interna por parte do governo. Do ponto de vista da sociedade, o afastamento daria muito mais credibilidade para a versão que vem sendo apresentada pelo ministro Palocci", disse Ophir.
O presidente da OAB também criticou a Controladoria Geral da União (CGU) por não abrir investigação sobre as denúncias envolvendo Palocci e afirmou, ainda, que não houve explicações satisfatórias sobre o episódio para a sociedade. "Obviamente, isso respinga em toda a credibilidade do governo", disse.
De acordo com uma reportagem da Folha de S.Paulo, semanas antes de assumir a chefia da Casa Civil, Palocci comprou um apartamento em São Paulo por R$ 6,6 milhões. Um ano antes, ele havia adquirido um escritório na cidade por R$ 882 mil. Com os novos bens, o patrimônio do ministro teria multiplicado 20 vezes em quatro anos. Ainda segundo o jornal, os dois imóveis foram comprados pela empresa Projeto Administração de Imóveis, da qual Palocci é dono.
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